quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Os Pássaros contemplam o sorriso das Flores

    Neste verão do Nordeste brasileiro, o amanhecer é mais belo e começa mais cedo. Antes das cinco da manhã, a escuridão da noite já foi absorvida pelo clarão do dia.
     A Grande Vida manifesta-se plena de harmonia e beleza!
     O Irmão Sol, logo cedo, aquece os corações. Os passarinhos, já despertos, entoam cantos de louvor à Vida...
     A  a cidade ainda dorme...   
    Um beija-flor faz a sua saudação matinal às alegres flores do jardim de nossa casa.
     A  brisa suave do amanhecer acaricia a todos com o seu suave toque de amor.
    Os pássaros cantam a voz de Deus que nos convida para contemplar a beleza e a inocência de suas pequenas criaturas!
    O toque suave da brisa da manhã é uma carícia que o próprio Senhor da Vida faz em todos os seus filhos. 
    A alegria das flores é um eflúvio de seu infinito amor. 
    A Natureza é um Templo Vivo onde se pode adorar o Grande Senhor da Vida.
    Deus é essa Presença invisível que dá vida e sustenta todas as criaturas.
    Não existe nada onde essa Presença amorosa não esteja.
   Tudo que existe nasceu Dele e Nele vive.
   Ele é a Vida de todas as Vidas.
   A Voz de todas as vozes.
   O Canto de todos os Cantos...
   No seio dessa Grande Unidade...
   Os pássaros contemplam, extasiados, o sorriso das flores!

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

O Poder na perspectiva da Unidade


      O Espírito Universal é a Fonte Única do Poder e da Energia que movimentam o processo de transformação do mundo. Nós, os filhos da Vida, somos os agentes da manifestação desse Poder e dessa Energia, que  fluem na razão direta do nosso grau de impessoalidade.
      Enquanto as paixões e os apegos humanos, que são manifestações do Ego, limitam e até obstruem o fluxo dessas Forças Divinas, a impessoalidade as atraí e expande.
     Aquele que é impessoal não prefere nem rejeita ninguém, porque compreende que “todos os seres nasceram de dentro do Espírito Universal, que a tudo compenetra e sustenta, numa ordem constante e em Vida Eterna.”
      A impessoalidade nada aborrece nem nada deseja, porquanto percebe que “todos os seres, inferiores como superiores, participam de uma mesma vida e formam, nos espaços infinitos, um só Corpo Cósmico.”
     O ser impessoal, compreendendo que todo o Poder emana do Espírito Universal, não se julga poderoso e humildemente se fortalece como simples agente de manifestação do Poder e das Energias da Vida.
     Aquele, porém, que, dominado pelos apegos e paixões, se julga poderoso, não passa de uma criatura frágil que, em razão da ignorância, está prestes a cair em algum dos precipícios da grande ilusão, que obscurece o discernimento da Unidade.
      Os apegos, como ensina o Bhagavad Gita, geram as paixões. As paixões dão origem à ira. Da ira surge a perda do discernimento. Daí o obscurecimento da memória. Como consequência de tudo isso, o intelecto se debilita e a queda é inevitável.
     Poderoso, portanto, é aquele que percebe que não tem poder e que se coloca como agente de expressão do poder e das energias  que o Espírito Universal manifesta. Por isso é que, no Bhagavad Gita, o Senhor diz: “Sou o vigor do poderoso, que está livre de paixões e apegos.”
      





segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Os relacionamentos sob o olhar da Unidade

       O Bhagavad Gita, que é uma exposição completa sobre a Ciência da Síntese, nos ensina que “vê de verdade quem vê a Unidade e percebe o tríplice e unitário funcionamento”.
       A vida universal apresenta-se ao nosso olhar como uma multiplicidade de seres e coisas separadas entre si. Essa percepção limitada, que encontra refúgio no Ego humano, é a responsável maior pelos erros que cometemos nos nossos relacionamentos.
      Sob esse olhar separativo, não enxergamos os laços profundos que nos unem às demais criaturas, razão por que as consideramos como estranhas e indiferentes. Também fica difícil compreender e praticar o mandamento de Jesus de “amar o próximo como a si mesmo.”
      Quando Jesus nos deu esse mandamento, a humanidade ainda não estava preparada para compreender que, na verdade, o próximo somos nós mesmos. Em outra passagem do Evangelho, o Divino Mestre nos exortou a que “todos sejamos um, como Ele e o Pai são Um.”
      O mais elevado conhecimento, que constitui a ultima finalidade de todas as ciências, é a compreensão de que “todos os seres, inferiores como superiores, participam de uma mesma vida e formam, nos espaços infinitos um só corpo cósmico.” Todos fazemos parte do Corpo Místico de Cristo, como nos ensina o Apóstolo Paulo.
      Quando agimos com uma consciência clara dos vínculos eternos que nos unem aos nossos semelhantes e todas as criaturas, a qualidade das nossas ações melhora significativamente.
     Sob esse olhar unitário, poderemos compreender e praticar mais facilmente o ensinamento de Jesus de amar o próximo como a nós mesmos, desta feita ajudados pelo conhecimento, que é a principal base de todas as ações.
    Os outros seres deixarão de ser “estranhos indiferentes”, para serem considerados irmãos, já que todos somos filhos legítimos do mesmo Pai. Quando nos relacionamos com irmãos, obviamente somos mais fraternos, justos e amorosos.
     A visão da Unidade, portanto, é fundamental para a nossa vida. Quando a alcançarmos, transcendendo a ignorância da separatividade, não só estaremos em condições de realizar melhor as nossas ações, como também de compreender os ensinamentos de todas as religiões, que se fundamentam na Unidade, que também se chama Amor.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

A Suprema Transcendência é do tamanho do Coração.


      A Vida Universal está organizada em níveis de sutilidade. Os sentidos físicos são sutis, mais sutil que eles é a mente. Mais sutil que a mente é o intelecto e mais sutil que o intelecto é o Espírito Universal. De acordo com a lei da transcendência, as realidades mais sutis compenetram as menos sutis, sem ser por estas afetadas.
      O Espírito Universal é a Suprema Sutilidade. Todos os seres nasceram de dentro Dele, que tudo compenetra e sustenta, numa ordem constante e em vida eterna. Portanto, todos eles, inferiores como superiores, participam de uma mesma Vida e formam, nos espaços infinitos, um só corpo cósmico.
      Em razão da sua sutilidade, o Espírito Universal, que compenetra e dirige tudo que existe, não é afetado em nenhuma condição quando funciona dentro e fora dos seres criados.
      Essa Suprema Transcendência possui Inteligência Infinita e dirige a criação animada e inanimada. Embora inseparável em todos os seres, mora dentro de cada uma deles, parecendo separado.
      É a Fonte Infinita de toda Sabedoria. Nada escapa ao seu olhar amoroso. Todos os seres moram e se movem dentro da Sua Divina Presença. Ela a origem do Universo.
      Sua manifestação é o Amor. Você, eu, os animais, as plantas, o Sol, a Lua e todos os seres criados somos manifestação desse Supremo Mistério, que reside no centro mais profundo de cada criatura, impulsionando-a à evolução através da sua Divina Energia.
     Esse Supremo Mistério não prefere nem rejeita ninguém, visto que todas as criaturas nada mais são do que Sua Divina manifestação. É o Receptáculo de todas as atividades e aspirações e, ao mesmo tempo, é o Dispensador delas.
     Nem mesmo a Assembleia dos Seres Divinos, nem a Hierarquia dos Grandes Anjos e Arcanjos conhecem a grandeza de sua manifestação, visto que essa Divina Transcendência é a origem de todos esses Grandes Seres.
     Os Conhecedores da Verdade nos ensinam que, quando ultrapassarmos a ignorância da separatividade, obteremos a revelação de todos ensinamentos, os conhecidos e os ainda por conhecer.
     Esses Grandes Mestres, de quem bebemos os ensinamentos que aqui compartilhamos, nos dizem também que o conhecimento sintético tem o poder de abrir as portas do Céu e de nos permitir conhecer o Grande Segredo que está guardado no nosso próprio Coração. Nesse Santuário Sagrado, mora a Fonte Divina da inteligência, da Sabedoria, do Amor e da Bem-Aventurança.
      Aquele que antes era procurado nas alturas dos Céus, hoje pode ser encontrado e reverenciado no templo dos nossos próprios corações como o nosso Mestre Divino, Governante interno e o Doador de todo bem.
      Postado eternamente no altar dos nossos Corações, esse Divino Amigo é quem nos confere as virtudes da serenidade, do domínio dos sentidos, da austeridade, da clemência, da retidão, do conhecimento, do discernimento e da fé.
      É Ele também é quem nos dá coragem, capacidade organizadora, habilidade, poder, generosidade e todas as demais virtudes que tanto almejamos.
      Aquele que é a Plenitude de todas as Plenitudes, num gesto de amor infinito, fez-se pequenino, do tamanho do nosso coração, para que possamos compartilhar do seu infinito Amor.
      Como conhecimento significa também responsabilidade, não devemos nos esquecer que essa Divina Presença reflete-se no coração de todas as criaturas e que os nossos relacionamentos constituem uma oportunidade especial para que possamos reverenciá-La.











terça-feira, 22 de novembro de 2011

As Leis de funcionamento do Ser Humano

        O ser humano é um Universo em miniatura, tanto na sua estrutura interna como nas Leis do seu Funcionamento. Se quisermos ter um bom desempenho na vida, devemos procurar conhecer profundamente esse microcosmo. Neste artigo, vamos fazer uma abordagem sucinta sobre esse tema.
       O homem é formado de Espírito, Matéria e Energia. A Energia é matéria em movimento e a Matéria é energia condensada. O corpo humano é uma estrutura material e a Energia é a força que a põe em funcionamento.
      O Espírito Universal, que é o Grande Fundamento de toda Criação e a base sobre a qual se sustenta a Vida, criou, dentro Dele mesmo, o Ser Humano, que funciona movido pela Energia Universal.
      Embora inseparável entre todos os seres, esse Espírito Universal funciona dentro de cada criatura, no Santuário do Coração, parecendo separado. Isso por força da sua transcendência ou elevadíssimo grau de sutilidade. Ele reside, pois, dentro de todos os seres, impulsionando-os à perfeição no processo da Vida por meio da Energia.
       A Energia Universal, que põe em funcionamento esse pequeno mundo chamado homem, apresenta-se sob a forma de Conhecimento, Desejo, Ação e Síntese. Para que o ser humano possa desempenhar-se bem na vida , ele precisa conhecer essas Leis de Funcionamento.
      O Conhecimento apresenta-se sob três modalidades. A primeira e mais elevada, é o Conhecimento Sintético, que reconhece a constante Unidade de todos os Seres ou o Único e Indiviso Espírito Universal na multiplicidade das criaturas.
      A segunda, é o Conhecimento Múltiplo, que, em todos os seres, vê unicamente a multiplicidade variada, como algo permanente e desigual. E a terceira e última, é o Conhecimento Obscuro, que julga que o processo do mundo e suas mudanças não têm nenhum objetivo nem propósito.
      Como o conhecimento é a principal base de toda ação, aqueles que não alcançam o Conhecimento correto não conseguem desempenhar-se bem no processo da vida.
     O Desejo, por sua vez, precisa estar em harmonia com o Conhecimento Sintético para que possa funcionar como uma energia harmônica. Quando isso não acontece, ele conduz o ser humano a ações desequilibradas, que produzem frutos amargos.
     A Ação precisa ser necessária e, ao mesmo tempo, executada sem desejar o seu fruto, desapegadamente, sem afeto nem aversão.
      Quando essas três faculdades humanas, conhecimento, desejo e ação, funcionam de forma independente e desarmônica, o homem não consegue ser feliz nem realizar ações corretas. O ideal a alcançar é um funcionamento unificado ou sintético. A faculdade da Síntese é a responsável por esse tipo de funcionamento.
      O Bhagavad Gita, edição da Suddha Dharma Mandalam, com 26 Capítulos, em cuja fonte bebemos o conhecimento aqui exposto, apresenta, em detalhes, as Leis Universais relativas ao Conhecimento, ao Desejo, à Ação e à Síntese. O estudo dessa matéria representa uma importante contribuição para que possamos nos desempenhar melhor no complexo processo do mundo.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

A METAMORFOSE DAS BANANAS

         Esta semana, um dos nossos vizinhos presenteou-nos com um cacho de bananas maduras, cultivadas no seu sítio. Como todo o cacho estava totalmente maduro, fui ao mercado Tales Ferraz, aqui em Aracaju (SE), onde comprei duas dúzias completamente verdes.
       Imaginava que essas bananas verdes fossem demorar uns três dias para amadurecerem. Qual não foi a minha surpresa! No dia seguinte, uma penca delas já havia mudado de cor. Estava em avançado processo de amadurecimento! Nunca antes havia prestado atenção ao amadurecimento das bananas!
        Fiquei a imaginar o milagre dessa singela metamorfose. As cascas das bananas, que num dia eram verdes, no seguinte estavam amarelas, os frutos, duros num dia e no outro, moles. Sem dúvida, algo misterioso ocorreu no interior dessas bananas! Um processo de transformação invisível concretizou-se! Não vi acontecer, mas, pelo resultado, tenho certeza que ocorreu.
        Quantas coisas maravilhosas ocorrem no dia a dia da vida e não prestamos atenção! Não vi o processo de transformação das bananas se realizando, mas tenho certeza que ele aconteceu, porque, no dia seguinte, vi o resultado: as cascas das bananas ficaram amarelas e os frutos amoleceram.
         Sentado à mesa para comer essa fruta, refleti! Quem mudou a cor das cascas das nossas bananas? Quem amoleceu os frutos delas de um dia para outro?  Quem fez tudo isso, na minha presença e eu não vi?
       Não contemplei o semblante de Deus, mas tenho certeza que Ele, invisível e onipresente, foi quem realizou aquela obra de transformação? Quem mais, a não ser  Ele, poderia ter amadurecido as minhas bananas?
       Deus está em nós, perto de nós e em todo lugar, realizando a sua obra e não O percebemos. A sua Simplicidade nos confunde e desconcerta. Estamos sempre focados em coisas aparentemente grandes e importantes, e não percebemos as maravilhas da Ação Divina conduzindo amorosamente os processos da vida.
       Quantas lições Deus nos propicia a todo momento e não prestamos atenção. Nunca havia ficado atento a esse maravilhoso ensino que a simplicidade da vida oferece. Neles, sem dúvida,o milagre natural é onipresença misteriosa de Deus fazendo nascer, crescer, amadurecer, dar frutos e transformar todas as coisas.
      Sem dúvida, a Vida é o maior de todos os Mestres. Nela reina silenciosamente o Amor que nos oferece, a todo instante, grandes ensinamentos. Veja-se, por exemplo, o papel desempenhado pelos alimentos no ciclo da vida. Eles transportam, no seu interior, as Energias Divinas que nos permitem viver e, para isso, consomem-se num maravilhoso gesto de amor!
     Com esta experiência, aprendi uma grande lição. Se olharmos o movimento da vida com atenção e simplicidade, acessaremos o mais elevado conhecimento, que reflete o maravilhosos funcionamento da Unidade na Multiplicidade.
































 

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

O controle da mente através do Conceito da Unidade


        A mente é, por natureza, inquieta e agitada. Constitui uma faculdade poderosa cujo controle é extremamente difícil. O Bhagavad Gita nos diz que o seu controle é “tão difícil como sujeitar o vento”, mas nos ensina, também, que esse controle é possível através do Conceito da Unidade ou Bhávana (B. Gita XIV,1-3, ed. SDM).
        Ela é a sede do pensamento e a condutora das ações humanas. Sofre a influência da  consciência do ego, que lhe infunde a ideia equivocada de separatividade. Os conceitos que ela forma a partir dessa base separatista são de natureza limitada, porquanto não contemplam a verdadeira posição do homem no contexto do Universo.
        A visão equivocada de que o homem é um ser separado cria um campo propício para que a mente gere e cultive pensamentos errados que, por sua vez, constituem a causa principal de muitas ações desnecessárias, cujos resultados trazem muitos dissabores.
        O objetivo a alcançar é construir na mente uma base sintética que tenha o poder não só de harmonizá-la com tudo o que integra a Grande Vida como também de eliminar a multidão de pensamentos que nela sobrevivem alimentados pela ideia errônea da separatividade. Quando a mente é iluminada pela Luz da Unidade, tudo nela se transforma.
        A ferramenta básica para construção dessa base sintética é o Bhávana ou Conceito da Unidade, que têm o poder intrínseco de harmonizar a mente e transformar completamente a nossa vida. Contemplemo-lo:

    “Todos os Seres nasceram de dentro do Espírito Universal que a tudo compenetra e a tudo   sustenta numa ordem constante e em Vida Eterna. Portanto, todos os Seres, inferiores como Superiores, participam de uma mesma Vida e formam, nos espaços infinitos, um só Corpo Cósmico.

       A constante recordação do Bhávana cria em nossa mente uma base sintética de pensamento e ação, que torna sereno o nosso pensar, melhora a qualidade de nossos atos e nos transforma em pessoas mais calmas e tranquilas. O estudo da Ciência da Síntese contida no Bhagavad Gita é fundamental para a construção dessa base.
       Quem vê a Vida através da Luz da Unidade passa enxergar um mundo novo e fraterno, cujo fundamento é o Amor. Assim é que, quando olhamos para as pessoas que antes eram estranhas, indiferentes e até consideradas inimigas, passamos a vê-las como membros queridos da grande família humana, nascidos todos do casamento sagrado do Espírito Universal com a Energia do Amor.
        A mente que não é iluminada por essa luz não percebe os vínculos sagrados que unem todos os seres, formando uma grande família, cuja origem é divina.O Bhagavad Gita nos ensina que somente “vê de verdade quem que vê a Unidade e percebe tríplice e unitário funcionamento.”

terça-feira, 1 de novembro de 2011

O Conhecimento Sintético: a mais Bela Flor do Jardim da Sabedoria

      O Universo é um Ser Vivo de cuja natureza todos os seres fazem parte. Esta Natureza é vivificada e dirigida pela Energia Divina da Vida, que também se manifesta sob as forma de Conhecimento, Desejo, Ação e Síntese.
     Nos Seres Humanos, essa Energia Divina manifesta-se sob a forma das conhecidas faculdades do Conhecimento, do Desejo e da Ação. A Síntese destas três faculdades é executada pela quarta e suprema faculdade, ou seja, a Faculdade da Síntese.
    O Conhecimento, que é a inteligência ou poder de formar um juízo, compreende as seguintes variações: discriminação, memória ou poder de recordar, o discernimento, etc.
    O Desejo abarca as seguintes variações: desejo propriamente dito, gostos, vontade, devoção, etc. A Atividade (ação) é realizada através dos órgãos dos sentidos, do conhecimento e da ação. Toda ação é composta destes três elementos. A Síntese destes três é o que constitui o ato em si. Tudo isso revela a "Introdução ao Estudo do Bhagavad gita - R. Vasudeva Row).
     Os Conhecedores da Verdade também nos ensinam que, para perfeita execução dos atos, é fundamental o Conhecimento correto. Deixam claro também que o nosso conhecimento é limitado, visto que possui uma base separatista.
    Com efeito, todos imaginamos que a Vida é fragmentada e que todos os seres formam uma multiplicidade permanente e desigual. Essa categoria de conhecimento é parcial e limitada.O mais completo Conhecimento é o Sintético.
     Esta categoria de compreensão sintética “revela que todos os seres nasceram de dentro do Espirito Universal, que a tudo compenetra e a tudo sustenta, numa ordem constante e em vida eterna.”
     Demonstra, também, que “todos os seres, inferiores como superiores, participam de uma mesma vida e formam nos espaços infinitos um só corpo cósmico.”
     Quando nos aprofundamos no Conhecimento Sintético, a consequência é que reformulamos todos os nossos conceitos com base separatista. Esse tipo de saber, que constitui o principal fundamento dos atos necessários e legítimos, tem o poder de melhorar a qualidade dos nossos desejos e, em consequência, das nossas ações.
     O processo de reformulação dos conceitos para uma base sintética nos integra mais na Vida Universal, enfraquece a base egoísta que fragiliza as ações e nos confere um suave sentimento de fraternidade com todos os seres.
    O Bhagavad Gita, edição da Suddha Dharma Mandalam, que é a fonte de onde extraímos o conhecimento exposto neste artigo, contém uma exposição completa sobre o Conhecimento Sintético.
    É sumamente importante procurarmos acessar essa categoria de conhecimento, que tem o poder de mudar o sentido e a qualidade de nossa vida. O pouquinho que já consegui aprender transformou a minha vida.





terça-feira, 25 de outubro de 2011

LEIS DIVINAS


        As sociedades modernas regulam a conduta e as atividades dos seus cidadãos através da edição leis, que são, em síntese, normas destinadas a orientar o comportamento das pessoas com vistas a  alcançarem uma convivência pacífica.
       Sem essas leis para balizar a conduta dos cidadãos não existiria ordem nem paz entre os povos, visto que o ser humano, no atual estágio em se encontra, ainda carrega uma grande propensão para transgredir aquela linha de conduta que proporciona uma convivência pacífica com os seus semelhantes.
       Imaginem uma cidade sem as leis de trânsito, que caos não seria. Mesmo com essas leis, muitos acidentes ainda ocorrem porque existem aqueles que, por diversas motivações, desrespeitam essas regras de conduta.
       O Criador promulga, através de seus Representantes, as Leis Divinas que regem o funcionamento do Universo. Essas leis, que também são conhecidas como DARMAS, são promulgadas com a finalidade de preservar, proteger e fazer evoluir as criaturas.
       Quando descumprimos as Leis Divinas que regem o funcionamento do Universo, de cuja natureza todos os seres fazem parte, não só perdemos a proteção que elas conferem, como também nos atrasamos no processo evolutivo da consciência.
      Os Conhecedores da Verdade nos ensinam que vivemos atualmente na Era da Unidade ou Síntese e que, neste ciclo de tempo, aqueles que seguirem as leis eternas chegarão a “perceber em todos os seres a Única Existência Eterna e indivisa, que se manifesta na separatividade”.
      Esses Senhores da Sabedoria também nos orientam a procurar cumprir quatro leis principais, que conferem  bênçãos especiais nesta Era da Unidade. São elas:
      I - A inofensividade – Evitar causar danos a todos os seres vivos, por palavra, pensamento e ação;
      II – Ser Verdadeiro;
      IIIServir à humanidade na medida da sua própria capacidade, tratando de assegurar o bem-estar e  a felicidade a todos os seres;e
      IVMeditar no Ser Supremo, que se manifesta em todas as partes como Único.
     Há mais de dois mil anos que o Senhor Jesus nos ensinou a amar o próximo como a nós mesmos, a não ofender os irmãos  por palavra, pensamento e ação. Ele também nos exortou a conhecer a verdade como forma de libertação: ”Conhecereis a Verdade e Verdade vos libertará.”
     O Divino Mestre, como Emissário do Supremo Deus, também nos ensinou, com palavras e exemplos, a servir aos irmãos, assinalando, no seu Evangelho repleto de Leis Divinas, que “quem não vive para servir, não serve para viver.”
     A felicidade que todos buscamos alcança-se melhor e mais rapidamente através do conhecimento e da prática das Leis Divinas. Há alguma dificuldade nessa senda, mas vale a pena. A gente vai aprendendo aos poucos. Segue contente por ter certeza de que esse é o caminho da verdadeira felicidade.







segunda-feira, 17 de outubro de 2011

CORAÇÃO: MORADA DO GOVERNANTE INTERNO, MESTRE DIVINO E DOADOR DE TODO BEM.

     Rafael, amigo de Devapi, meu filho querido, veio a Aracaju fazer o concurso Público para o TRT/SE e hospedou-se em nossa residência. Por volta das 12:30 horas, saímos todos de casa para ir almoçar no Shopping Jardins.
    Quando estávamos a caminho, Rafael percebeu que não trouxera o seu documento de identidade, sem o qual não poderia fazer o concurso. Tínhamos de voltar imediatamente. Nesse instante, Eliana, minha esposa querida, que estava no Shopping adiantando o almoço, ligou para mim, quando lhe informei do ocorrido. Ela ficou preocupada porque o tempo era limitado.
    Sem demora, fizemos a volta, pegamos o documento e   retornamos rapidamente, apesar do transito congestionado no local. Rafael comentou, impressionado, a velocidade com que tudo isso foi feito. Ao ouvir esse comentário, brotou de mim a seguinte expressão: “A boa vontade de servir imprime velocidade a tudo”.
     Eu, que falo tantas tolices, fiquei impressionado com essa verdade que pronunciei sem ao menos pensar. Chegamos ao Shopping Jardins. Eliana já havia reservado um lugar na fila do restaurante “O Moinho”. Enquanto Rafael, Juliana e Devapi almoçavam, fiquei na fila para adiantar o pagamento.
    O almoço terminou e rapidamente entrei no carro para levar Rafael e Juliana ao local da Prova deles, no Centro da Cidade. Faltavam poucos minutos! Não sabia ir para esse endereço. Começamos a perguntar. As duas primeiras pessoas às quais nos dirigimos, não sabiam informar. Apesar de todos ficarmos um pouco apreensivos, acalmei meus amigos! Se chegássemos um minuto atrasado, eles não poderiam fazer as provas.
    A terceira pessoa a quem perguntamos, que dirigia uma moto, conhecia o endereço e, espontaneamente, ofereceu-se para nos guiar. Disse-nos: “sigam-me e eu os deixarei lá.” Acompanhamos o nosso guia. Não demorou muito e pudemos respirar aliviados! Conseguimos chegar a tempo!
    Depois, ao refletir sobre esse evento, tirei algumas conclusões que aqui compartilho: creio que a expressão “a boa vontade de servir imprime velocidade a tudo”, dita sem pensar, certamente foi uma inspiração e um ensinamento do Ser Divino que habita o meu e o Coração de todas as Criaturas.
   Conforme proclamam os Conhecedores das Leis Eternas, vivemos atualmente na Era da Síntese, um tempo especial em que o Supremo Deus se manifesta como EU nos corações de todos seres e, Ele Mesmo, desempenha o papel de Governante Interno, Mestre Divino e Doador de todo o bem…
    Nessa experiência, também creio que  Ele, presente em nossos corações, também inspirou a generosidade do nosso irmão motoqueiro, que, sem nos conhecer, espontaneamente, ofereceu-se para nos guiar.
    Deus, o Amistoso Morador Interno, é Aquele que suavemente inspira e dirige todos os Corações e o próprio Universo.
    Todas as pessoas, sem exceção alguma, precisam começar a prestar atenção a essa voz silenciosa que constantemente está falando em nossos corações.
    Ela é a voz do próprio Deus que, a todo momento, nos  convida para caminharmos com Ele, que é o Supremo Amigo e nosso Eterno e Inseparável Amor, o Único que não nos abandona nunca, nem nas experiências dolorosas da vida, nem nos mistérios da morte.
    Os nossos defeitos e pecados não devem impedir que nos voltemos para a Divina Presença em nossos Corações. “É pela Sua Graça, que crescemos em vigor e Sabedoria”.
    À medida que nos aproximamos mais Dele, os nossos pecados e defeitos vão se dissolvendo tal qual a suave Neblina da manhã que se desfaz ao receber os primeiros raios do Sol.
    O Divino olhar não se detém em nossas iniquidades. O Seu Amor tudo transcende, transforma e cura! Não importa como nos consideramos! O que importa é que o Senhor da Vida e Supremo Amor permanece eternamente imaculado no Santuário dos nossos Corações.
   Ele não olha para os nossos pecados e defeitos! Ama-nos incondicionalmente, com um amor e carinho muito maiores do que aqueles que a mais amorosa das mães dedica aos filhos queridos. O Amor só sabe Amar. Assim, é a Divina Presença  em nossos  Corações.







domingo, 9 de outubro de 2011

ERA DA SÍNTESE: A LUA CHEIA DA UNIDADE


 O processo evolutivo do mundo sofre uma profunda influência do Tempo, que trilha soberano o caminho da eternidade, arrastando atrás de si o grande carrossel das mudanças. Nada resiste ao Tempo, que é inflexível no seu curso. Com ele, tudo se transforma, nada permanecendo como era antes.
      No contexto das mudanças que o Tempo promove, também se inserem as leis, tanto aquelas criadas pelos homens para regular a convivência em sociedade, como as  leis espirituais que são estabelecidas para preservar, proteger e fazer evoluir todos os Seres, proporcionando-lhes o bem e a felicidade.
      Os Conhecedores das Leis Eternas (Dharma) que regem o processo da Vida em nosso Planeta proclamam que o Tempo se divide em quatro grandes ciclos ou Eras e que, em cada um deles, prevalece ora a ação, ora o desejo, ora o conhecimento e ora a Síntese destes três.
     Algo parecido com as quatro fases da Lua: Lua Nova, Quarto Crescente, Lua Cheia e Quarto Minguante. Da mesma forma que a luminosidade da Lua varia conforme as suas fases, a Grande Vida projeta sobre o Planeta, em cada ciclo de tempo, ora a força da Ação, ora a força do Desejo, ora a Luz do Conhecimento e ora a Plenitude da Síntese.
     Com efeito, todas as Leis ou Dharmas, sejam materiais ou espirituais, somente têm eficácia como meios de promover a proteção, o progresso e a felicidade dos seres, se estiverem em sintonia com o Ciclo de tempo correspondente.
     As Leis materiais e espirituais, portanto, precisam periodicamente ajustar-se às mudanças dos ciclos, visto que, quando não estão em sintonia com o novo ciclo, perdem completamente a sua eficácia, tornando-se estéreis.
     Vivemos atualmente o Ciclo da Síntese, a Era da Unidade. Os Grande Seres ensinam que esta Era é especialmente Sagrada e que, no seu curso, o mundo vai passar por profundas transformações.
     Enquanto, em outro ciclos de tempo, os homens logravam o Objetivo da Vida depois de largos e árduos esforços, nesta Era Sagrada da Síntese, todos poderão compreender as Leis Divinas e alcançar o Objetivo da Vida com muito pouco esforço .
    O Dharma Sagrado da Era da Síntese pode ser praticado facilmente por todas as categorias humanas. Até mesmo os seres mais degradados, poderão, através deste Dharma, alcançar o Objetivo Supremo.
    Neste ciclo de tempo, as Leis Divinas relacionam-se com o Ser. Desta forma, todos os pecados dos homens  podem ser lavados e purificados nas águas do aperfeiçoamento do Ser.
    O Supremo Deus, nesta Era,  manifesta-se como EU nos corações dos Seres, sendo Ele Mesmo, o Mestre Divino, o Governante Interno e o Doador de todo bem.
   Todos precisamos aproveitar o Tempo presente para  banhar-nos na Luz Sagrada de Sabedoria e Amor que jorra da Lua Cheia da Unidade.










domingo, 2 de outubro de 2011

O Caminho do Meio e as nossas ações.


       Na vida sempre estamos realizando algum tipo de ato. Ninguém pode deixar de agir, mesmo que deseje. Se alguém, equivocadamente, decidir por não praticar mais qualquer tipo de ação, esse seu propósito não se cumprirá. A sua própria natureza o impelirá a agir, mesmo contra sua vontade. Todos os seres carregam em suas entranhas as Energias Sagradas da Evolução que inevitavelmente os conduzirão a um futuro de felicidade plena.
      Quando vamos realizar algum tipo de ação, sempre temos em vista a natureza do seu resultado. Geralmente, classificamos os resultados de nossas ações como agradável, desagradável ou misto. O tipo de resultado que vislumbramos, quase sempre exerce uma forte influência sobre a nossa decisão de executar ou não o referido ato. Se vislumbramos que o resultado vai nos agradar, vamos em frente e praticamos a ação. Quando, ao contrário, imaginamos que o resultado vai ser desagradável, desistimos dela.
        Não devemos nos deixar influenciar por esses aspectos superficiais dos resultados dos atos visto que, por estarem situados no nível dos nossos sentidos físicos, não permitem uma visão completa do verdadeiro resultado da ação. Eles funcionam como uma fumaça que impede a visão plena fogo.
       Portanto, ao realizarmos qualquer tipo de ação, devemos levar em consideração apenas a sua necessidade. Se a ação for realmente necessária, devemos implementá-la porque certamente o seu resultado será bom para a nossa vida. Devemos nos lembrar que o bom nem sempre é o agradável, assim como o agradável nem sempre é o bom. De igual modo, devemos discernir que o desagradável nem sempre é ruim.
       Muitas coisas agradáveis trazem nas suas entranhas semente de muita dor e sofrimento, da mesma forma que muitas coisas desagradáveis são fontes de alegria e felicidade. Devemos, portanto, evitar os extremos, seguindo o Caminho Meio, que nos aponta para a ação que verdadeiramente é necessária, que é aquela que temos o dever de realizar.
       Sábio é aquele realiza as ações necessárias e não está apegado aos seus frutos. Sem o cumprimento das ações necessárias, o curso de nossa vida no processo evolucionário do mundo nunca será totalmente cumprido. Pela realização dessas ações, Deus nos nos concede muitas bênçãos.
     Tudo isso é o que nos ensina  o Bhagavad Gita, a Sublime Canção do Senhor.



quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Não é bom remar contra a Maré da Unidade


     Quando realizamos um ato, queremos que o resultado dele seja conforme o nosso desejo. É o apego ao fruto da ação. Esse apego constitui a principal causa das nossas quedas e fracassos.
     As Leis do Universo não permitem que tenhamos controle sobre os resultados de nossas ações, visto que todos os atos fazem parte de um complexo e divino sistema de funcionamento universal que transcende os esforços humanos.
    O nosso Deus de Amor e Bondade conferiu ao Universo um sistema de funcionamento múltiplo e uno. Quando a nossa percepção somente alcança o múltiplo, imaginamo-nos como seres separados que xercem controle sobre os resultados das suas ações. Isso é apenas uma ilusão. A Verdade é que tudo que parece separado faz parte da Grande Unidade, que o compenetra, sustenta e dirige.
     Da mesma forma que dois remadores solitários não conseguem conduzir o seu pequeno barco para o seu itinerário quando a maré se movimenta fortemente em sentido contrário, o homem não consegue realizar as ações que estão em sentido contrário ao movimento da Divina Unidade. Somente ajustando as nossas ações a esse movimento do Amor Divino, é que poderemos alcançar a paz e a felicidade.
    O Bhagavad Gita nos ensina que “o nosso Ser Espiritual não é a causa imediata, não realiza, não está unido nem é afetado pelo resultado de nenhuma ação e que os sentidos e os objetos sensoriais é que atuam entre si”, sendo, portanto, a matéria a causa imediata de todas as ações.
   Esse Livro Sagrado também nos diz: “se agirmos desapegadamente e oferecermos a Deus os resultados das nossas ações, estaremos protegidos do fracasso e das quedas. A renuncia ao fruto das ações, purifica a mente, proporciona paz e felicidade."
   Quem não renuncia ao fruto das ações, sofre porque permanece ligado, através do desejo, a algo que a força irresistível do Universo não permite que se realize.
    Portanto, nós que nada sabemos e estamos no caminho do aprendizado, consideremos  essa grande lição: não é bom  remar contra a Maré do Amor Divino.





domingo, 11 de setembro de 2011

Deixei de procurar fora o que está dentro de mim

      Ontem, 10 de setembro, visitei a Cidade de Lisieux,situada na região da Normandia, na França, terra onde viveu Santa Teresinha do Menino Jesus, a Santinha das coisas pequeninas, que depois foi proclamada Doutora da Igreja Católica. É também a terra do famoso Carmelo,o mundialmente famoso Mosteiro das Freiras Carmelitas,onde Santa Teresinha exerceu o seu ministério de religiosa católica.
    A experiência foi emocionante não só para mim como para Eliana, minha esposa e Ana Raquel, minha filha, as minhas queridas companheiras de viagem. Lisieux é a cidade das rosas. Nela, por qualquer lugar que se ande, vê-se belos roseirais e sente-se o místico perfume dessas flores que estiveram tão presentes na vida de Santa Teresinha.
    Num Pequeno Folheto que adquirimos, existe uma pequena poesia da Santa que me chamou muito à atenção: "Há almas nesta terra que procuram em vão a felicidade,mas para mim, é o contrário, a alegria está no meu coração. Esta alegria não é efêmera,eu a possuo sem retorno, como uma rosa primaveril, ela me sorri cada dia."
    Como se vê, Santa Teresinha nos ensina que a Fonte da Felicidade está no Coração. Ela está absolutamente certa. Em vão, buscamo-la em outros lugares.Não se trata de poesia nem de devaneio religioso. É uma Desconcertante realidade que agora temos de enfrentar. Chegou o tempo do encontro com Deus no Santuário do nosso próprio Coração. O velho Sócrate não estava brincando com os homens, quando escreveu o famoso: "conhece-te a ti mesmo". Nem tampouco Jesus quando nos ensinou que o "O Reino de Deus está dentro de vós."
     Assim como Jesus, todos os Grandes Mestres da Sabedoria proclamam que Deus mora no nosso próprio coração e que, neste Santuário Sagrado, tão pertinho de nós, está a Fonte da Felicidade que todos procuramos.
    Conhecer esse ensinamento de Santa Teresinha fez-me bem. Embora ainda esteja em busca desse Bem Maior que está em mim, alegro-me muito  só em saber que não preciso mais perder tempo buscando fora o que nunca vou encontrar.

sábado, 20 de agosto de 2011

Uma experiência com um dos Poderes do Coração


         O Coração tem poderes ilimitados e uma Sabedoria Infinita. Nele, mora o Mestre Divino, o Governante Interno e o Doador de todo bem. É uma Fonte inesgotável de Poder, Amor e bem-aventurança. O Reino de Deus mora nesse Santuário, onde estão guardados muitos mistérios, leis e revelações.
      Os Mestres da Sabedoria Universal revelaram a existência de cinco Poderes Específicos do Coração, chamados de Purushartas. O primeiro chama-se Dharma, que consiste na firme determinação de proteger todas as criaturas.  Quando esse poder se manifesta, passa a ser o principal propósito da vida de uma pessoa. O Segundo, Artha,caracteriza-se por uma resolução inabalável de conhecer Deus. O terceiro, Kama consiste numa determinação inabalável de Ser Feliz. A pessoa incorpora firmemente a ideía de que vai ser feliz e consegue porque essa resolução é um Poder de Deus manifestado no seu coração. O quarto poder, chama-se Moksha, que se caracteriza por um suave sentimento de liberdade, alcançado como fruto da observância das Leis Eternas. E, por último, Prapti, que é o próprio Encontro com o Objetivo desejado, nascido da realização benefíca do Amor.
    Não estou bem certo, porém imagino ter vivido uma experiência com Artha,o Poder que impulsiona uma pessoa a buscar perseverantemente o conhecimento de Deus. 
    Há 30 anos atrás, em um momento especial de minha vida, senti em meu coração que, na verdade, Deus é a Fonte de toda Felicidade. Depois disso, tomei uma decisão: "Vou conhecê-lo." Lancei-me, então, em busca desse Conhecimento. Essa busca intensificou as minhas experiências da vida, levando-me a passar por muitas tristezas, alegrias,sofrimentos,derrotas e vitórias. São as tempestades e calmarias naturais da vida.
     Esses ventos fortes e suaves sacudiram e empurraram-me prá lá e prá cá, fazendo-me passar por múltiplas experiências. Em todas elas,  nunca deixei de estudar o Bhagavad Gita, um Evangelho Universal que revela a Ciência Sintética do Absoluto. Esse maravilhoso livro demonstra, numa linguagem científica, que Deus verdadeiramente é o Amor e que esse Amor liga todas as coisas entre si e faz  morada no Santuário do Coração de todos os Seres.
    Algumas vezes, admirava-me o fato de que nunca deixava de estudá-lo, mesmo nas situações mais adversas. Chovesse ou fizesse Sol, acontecesse o que acontecesse, alegrias, tristezas, vitórias, derrotas,turbulências, calmarias, todas as manhãs, durante os últimos 30 anos, estava eu lá com o meu Livrinho Sagrado buscando conhecimento de Deus e recebendo um pouquinho de força, poder e consolação. Como tinha e ainda tenho  muita  dificuldade para compreender o verdadeiro significado do  Conhecimento, pelo menos esse Evangelho da Unidade  me segurava não permitindo que me aprofundasse ainda mais nas minhas próprias obscuridades. 
    Mais tarde,  vim a descobrir que a determinação inabalável de conhecer Deus, que pode se manifestar como graça em qualquer pessoa, é um dos cinco Poderes do Coração,conforme revela o Sanatana Dharma Dipika, um importante texto da doutrina da Sudha Dharma Mandalam.
   Como disse, não estou bem certo, porém imigino que fui contemplado com Artha, o poder-determinação de buscar o conhecimento de Deus. Sem ele, certamente não teria perseverado nessa busca que já tem 30 anos, ainda permanece, protege-me, ajuda-me e  me fez tanto bem.

     
  








quinta-feira, 4 de agosto de 2011

O Universo é Amoroso e Cooperativo

    Sempre tive muito  medo de viajar de avião. Por necessidade do trabalho, precisei, durante dois anos, ir toda semana para Brasília.
Antônio, um grande companheiro, era muito ciumento, mas o seu ciúme estava adormecido e ele nem se dava conta disso. Um dia  encontrou sua esposa, Joana,conversando com um seu amigo de infância e explodiu de ciúmes.  
    Cristina, uma ex-colega muito estimada,  não suportava barulho, mas teve que conviver, durante quase três anos, com a construção de um prédio na sua rua.
    Esses exemplos nos mostram que o Universo tem uma estratégia para mexer com cada um de nós e, com isso, impulsionar a nosso processo evolutivo. Vejam. Fui obrigado a viajar de avião por dois anos e o meu medo quase que acabou. O encontro de Joana com o seu amigo de infância despertou o ciúme de Antônio. Esse encontro desencadeou um processo de transformação das energias de ciúme  que estavam adormecidas nele. O barulho provocado pela construção do edifício, fez Cristina refletir que nem sempre se pode desfrutar das condições mais adequadas. Isso a fez melhorar a sua impaciência.
    O medo, o ciúme, a impaciência e outros sentimentos semelhantes correspondem a energias densas que estão adormecidas no nosso corpo e  que, enquanto não transmutadas, atrapalham o processo de harmonização com o Ser Divino que mora no Santuário do nosso Coração. Essas energias descontroladas impedem que  o Néctar do Amor Divino, que flui  do nosso coração, se irradie pelas artérias de nossa alma e a ilumine. Daí  a necessidade de sua transformação.
    O Universo, obediente à Lei Divina que comanda o processo de evolução, coopera proporcionando-nos experiências que, apesar de parecerem conflituosas, na verdade são cooperativas e amorosas, à medida que desencadeiam  processos de transmutação dessas energias para que possamos evoluir mais rapidamente.
   Se desenvolvermos um modo diferente de olhar a vida, perceberemos que todo o  funcionamento do Universo  é Amoroso e Cooperativo. Aceitar todas as experiências da Vida, portanto, é postura de Sabedoria, visto que elas concorrem para o nosso bem.



terça-feira, 26 de julho de 2011

Vivendo e aprendendo

     No dia a dia da vida, muitas vezes somos levados, de forma irresistível, a cometer faltas, mesmo sem desejar. A dinâmica dos relacionamentos nos coloca diante dessa realidade humana. Quando nos damos conta, já fizemos algo errado, de que nos arrependemos profundamente. Isso acontece, via de regra, com todas as pessoas, até com aquelas consideradas altamente equilibradas.
     A experiência do erro tem uma função pedagógica em nossa vida à medida que nos leva à reflexão. O ato de refletir, por sua vez, projeta a luz da nossa consciência sobre a ação equivocada de forma a iluminar-lhe a estrutura, levando-nos um aprendizado.
     Embora a consequência dos erros seja a dor e sofrimento, errar é algo natural, que também gera aprendizado e crescimento. Por outro lado, as ações necessária e corretas produzem como resultado a iluminação da consciência, a harmonia e, ainda, atraem bênçãos para quem as executa.
      Apesar dessas diferenças dos resultados, ambos, acertos e faltas, são duas realidades inafastáveis da nossa vida e que, por meios diferentes,  a edificam. Portanto, precisamos acolhê-los com naturalidade.
     Portanto, não é necessário ficarmos o tempo todo nos culpando ou culpando os outros por uma realidade  que é natural na dinâmica da vida. Vamos extrair dos nossos erros os seus ensinamentos e, com isso, aperfeiçoar a qualidade das nossas ações.
Vivendo e aprendendo...





terça-feira, 12 de julho de 2011

A Obesidade Mental e as Tecnologias da Vida

Os Setores Especializados da Medicina do Corpo Físico têm advertido, com muita frequência, sobre os riscos da obesidade. O excesso de alimentos associado à má qualidade deles gera abundância de gordura e enfermidades. Sem dúvida, esse é um grave problema que grande parte da população enfrenta.
          Já os Especialistas da Medicina da Alma não têm dado muita atenção para os graves problemas decorrentes da obesidade mental. Tal como o corpo físico, a nossa mente também está recebendo alimentos em excesso e de má qualidade.Chegam a ela, por intermédio dos cinco sentidos físicos, especialmente os olhos e ouvidos.
          Os avanços da tecnologia têm concorrido grandemente para esse grave problema. Graças a esses avanços, a nossa mente vive permanentemente sobrecarregada. Se estamos em casa, no carro, nos consultórios, nas salas de espera, nos bares e restaurantes, nas estações rodoviárias, aeroportos, onde quer que estejamos, existe um televisor, iPhone, iPad, iPod, Celular, Internet ou um aparelho de som  a fornecer incessantemente alimentos desnecessários para nossa mente, que não tem tempo nem oportunidade de processar tantas imagens, vozes, sons e informações.
           Assim sobrecarregada, ela perde a serenidade necessária para refletir sobre os problemas do dia-a-dia. Isso em razão do emaranhado de informações, imagens,  emoções e pensamentos confusos, que sempre se encontram em estado de permanente conflito. Fica, assim, incapacitada de exercer, com eficiência, o seu importante papel no processo da vida.
          Sem tempo nem espaço para processar e digerir o excesso de alimentos desnecessários e indigestos, a mente experimenta, à noite quando vamos dormir, uma grande dificuldade de repousar. É o peso da obesidade. É a insônia... Depois, vem o cansanço... A Irritação. A falta de paz... A Infelicidade.
          Para ter tranquilidade e paz, precisamos de serenidade de pensamento. Isso não será possível, enquanto continuarmos sofrendo de obesidade mental. Da mesma forma que uma tartaruga recolhe os seus membros dentro si, devemos retirar os nossos olhos, ouvidos e os demais sentidos físicos de tudo aquilo que fornece imagens, sons e estímulos que não têm utilidade para a nossa vida.
          Quando se retira os sentidos dos objetos que produzem sensação, a mente se estabiliza. Essa é uma importante Lei do Universo. Para não ter insônidas e  conquistar paz e tranquilidade, precisarmos nos livrar da obesidade mental. 




terça-feira, 5 de julho de 2011

As maravilhas do Conhecimento da Unidade



          A Sabedoria do Gita, revela-nos que o Conhecimento ou compreensão do homem pode ser classificado em três categorias distintas.
            A primeira e mais inferior no campo da evolução da consciência é aquela em que se julga que o processo do mundo e as suas mudanças não têm objetivo algum e que tudo existe no mundo de forma desordenada e sem qualquer propósito.
           A segunda categoria de Conhecimento é aquela em que o  homem vê todos os seres e coisas como existindo de forma separada, constituindo uma multiplicidade permanente e desigual.
          A terceira e mais elevada categoria é aquele conhecimento ou compreensão em que o homem reconhece a constante Unidade de todos os Seres, constituindo Um Todo, Único, Indivisível e sempre o Mesmo, na multiplicidade dos elos.
          Esta última classe é o Conhecimento da Unidade ou Conhecimento Sintético. Trata-se da mais elevada forma de compreensão que se pode alcançar, constituindo a meta final de todas as revelações.  Um dos objetivos do processo evolutivo do homem é fazê-lo compreender que  não é uma criatura separada das demais e que todos os seres, inferiores como superiores, participam de uma mesma vida e formam nos espaços infinito um só corpo cósmico.
         Essa compreensão tem o poder de mudar os conceitos que temos sobre os valores da vida, fazendo-nos perceber que a humanidade é uma família, que a fraternidade não é uma abstração e que o Amor é a Grande Verdade que sustenta a Vida.
         Conquistar esse nível de compreensão é uma das maiores bênçãos que podemos alcançar na Vida. Ela anula todos os males e sofrimentos causados pelo Egoísmo, que se fundamenta na visão equivocada da separatividade.
         Quando alcançarmos  esse tipo de conhecimento, transcenderemos todas as ações, tanto as de resultados agradáveis como as desagradáveis. Através dele, poderemos perceber a presença divina nos nossos parentes, amigos, inimigos, estranhos, indiferentes, sábios, ignorantes e em todas as pessoas. Com essa percepção, a qualidade de nossas ações se eleva.
          Não existe nada que transforme tanto o homem no processo do mundo, como esse Conhecimento da presença de Deus em tudo. Tal como um fogo, esse conhecimento queima a impureza do apego de todas as ações. Quando agimos de acordo com ele, realizamos atos sintéticos que têm o poder de guiar, elevar e conduzir as pessoas para a Sabedoria Divina.
          Ainda que sejamos o maior entre os transgressores das Leis do Universo, se entrarmos no Barco desse Conhecimento Divino, seremos transformados em servidores do Amor. Nessa condição, poderemos entender porque São Francisco de Assis tratava o Sol, o Vento, os Animais e as Plantas e todos os Seres como irmãos. Também entenderemos o sentido desta sublime oração desse Santo do Amor:
"SENHOR, faze de mim
Um instrumento de tua paz
Onde houver ódio, faze que eu leve o amor
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão
Onde houver discórdia, que eu leve a união
Onde houver dúvidas, que eu leve a fé
Onde houver erros, que eu leve a verdade
Onde houver desespero, que eu leve a esperança
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria
Onde houver trevas, que eu leve a luz,
Trevas que eu leve a luz!

SENHOR!
Faze que eu procure mais consolar
Que ser consolado
Compreender que ser compreendido
Amar que ser amado
Pois é dando que se recebe
E é perdoando que se é perdoado
E é morrendo
Que se vive pra vida eterna,
Vive pra vida eterna!






terça-feira, 28 de junho de 2011

O Universo humilha quem se exalta e exalta quem se humilha

O Universo funciona sob a regência de Leis Eternas, elaboradas pelo Criador em sua Infinita Inteligência, cuja finalidade é proteger todas as criaturas e, de forma especial, os seres humanos.
        Uma das Leis mais importantes da organização e funcionamento do Universo é a Lei da Unidade, segundo a qual “todos os seres, inferiores como superiores, participam de uma mesma Vida e formam, nos espaços infinitos, um só corpo cósmico”.
        Quando nos exaltamos, enaltecendo a nossa própria individualidade, estamos esquecidos da conexão que temos com a Grande Vida. Essa conduta egoísta reforça, em nossa mente, o conceito equivocado de que somos seres separados dos demais, ilhas perdidas no imenso oceano do Amor de Deus.
        Como todas as nossas riquezas, não só materiais como também intelectuais, culturais, artísticas, de beleza, de poder, de força e de qualquer outra natureza, pertencem ao próprio Universo, que nos elegeu como pequeninos pontos de expressão da sua Imensa Grandeza, a pessoa que se exalta viola a Lei da Unidade, que é a mesma Lei do Amor.
       Como consequência dessa violação, o Universo, manifestando a Misericórdia do Criador, providencia experiências de humilhação para que essa pessoa acorde do sono da ilusão da separatividade e vá percebendo aos poucos que “todos os seres nasceram de dentro do Espírito Universal, que a tudo compenetra e a tudo sustenta numa ordem constante e em vida eterna.
        Quando, compreendendo que somos pequeninas partes dessa Imensa Vida, nos humilhamos, esse gesto de humilhação  alinha-nos com a Força e a Grandeza do Universo e a consequência natural desse alinhamento é a nossa própria exaltação.
        Foi aplicando essa Conhecimento Divino que Jesus, o Sublime Mensageiro da Amor, lavou os pés de seus discípulos e ensinou, com exemplos e com palavras, que ”Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado.”
        Não podemos esquecer que a Sabedoria faz parte da natureza intrínsica  de Deus e que somente poderemos  conquistá-la se, "amando-o de todo o coração, nos entregarmos totalmente a Ele.”



domingo, 19 de junho de 2011

O CAMINHO DO APEGO

       
       Os relacionamentos levam-nos, com frequência, a nos apegarmos a coisas e principalmente a pessoas. Precisamos ter cuidados com o Apego, porque ele pode criar-nos sérias dificuldades.
      O Apego(I) não é um estado de alma estático, mas dinâmico. Ele representa o Estágio I de um processo que tem o poder de provocar uma grave crise em nossa vida.
      Com efeito, quando ele aumenta, gera a Paixão(II), que também é dinâmica e representa o Estágio II do processo do apego. A Paixão, quando contrariada, gera a Ira(3), que é uma fase avançada da própria Paixão e corresponde ao Estágio III do processo. A Ira, que se manifesta sob a forma de violência, abala a estrutura de nossa alma e lança sobre ela uma onda de energia escura, que provoca a Perda Discernimento(IV). Esta Perda do Discernimento representa o Estágio IV do processo do apego.
     Com a Perda do Discernimento, esse processo evolui para o Estágio V, que é o Obscurecimento da Memória(V). Como consequência do Obscurecimento da Memória, o intelecto, que é a faculdade do discernimento e do conhecimento, se debilita. A Debilidade do Intelecto(VI) representa o Estágio VI, o último do processo.
    Como se vê, esse sentimento aparentemente inofensivo pode debilitar o nosso intelecto, colocando-nos sob o domínio de emoções perversas e destrutivas, capazes de causar um grande estrago e até destruir a nossa vida.
    Esta é lição que a Ciência Sagrada nos ensina: O Apego gera a Paixão. A Paixão gera a Ira. A Ira gera Perda do Discernimento. A Perda do Discernimento gera o Obscurecimento da Memória, que, por sua vez, gera a Debilidade do Intelecto.(Gita V,5-6).

quarta-feira, 15 de junho de 2011

As fronteiras do desamor

          O amor de Deus compenetra tudo que existe. Embora as ilusões da matéria dificultem o reconhecimento da nossa natureza divina, todos nascemos do seio desse Amor!
          A Vida nascida desse Amor é uma Grande Unidade que não comporta fragmentação. Não é possível separar o que, por natureza, é inseparável. Sem perceber essa realidade divina, teimamos em construir fronteiras que somente servem para limitar a  compreensão e obscurecer o nosso discernimento.
         Nacionalidade, raça, cor, religião, ideologia, condição social e outras modalidades de fragmentação são fronteiras que limitam o amor! Toda divisão atenta contra a lei eterna da fraternidade universal. Todos os filhos da Vida são irmãos. Os seus corações estão eternamente ligados pelos laços sagrados do Amor!
         É chegado o tempo de uma nova compreensão! Todos os muros que separam precisam ser destruídos. É chegada a hora de reconhecermos que todos temos a mesma origem, destino e que o amor é a nossa nacionalidade, religião, ideologia, raça e condição social.
        Enquanto continuarmos  construindo fronteiras, não encontraremos a paz que tanto buscamos. O amor ao próximo é a ação que nos fará verdadeiramente felizes, longe da ilusão  da separatividade.
         Todo aquele que ama consegue ser feliz. Já é tempo de despertar do sono da ilusão separatista,  que divide  e faz sofrer.