A mente humana é inquieta, agitada, poderosa e obstinada. O seu domínio parece tão difícil como sujeitar o Vento.
Embora agitada e inconstante, a mente pode ser controlada pela Prática da Meditação na Unidade. Outra forma de discipliná-la é através do desapaixonamento nas relações sociais, pessoais e em todas as ações.
É importante trabalhar-se com o conceito correto da Unidade, compreendendo que “todos os seres nasceram de dentro do Espírito Universal que a tudo compenetra e a tudo sustenta, numa ordem constante e em vida eterna.”
“E que, portanto, todos os seres, inferiores como superiores, participam de uma mesma vida e formam, nos espaços infinitos, um só corpo cósmico.”
Essa Prática de Meditação nunca atrai nenhum mal e é o meio mais apropriado para alcançar-se a tranquilidade. Para aqueles que já alcançaram esse estado de paz, ela será sempre seu apoio fundamental.
Para realizar-se com êxito essa prática, é importante o equilíbrio nos hábitos de alimentação e de sono, não comendo, nem dormindo, demais, nem de menos.
Em um lugar solitário, tranquilo, sem temor algum, em permanente continência, sempre dirigindo sua mente para a Suprema Unidade, desapegado e desapaixonado, o aspirante deve manter a mente, os sentido e o pensamento devidamente controlados.
Com os olhos fechados, mantendo-se reto e imóvel o corpo, o queixo e a cabeça uniformemente em linha, sem distração mental, fixando a vista na raiz do nariz, entre as sobrancelhas, deve-se executar essa Prática de Meditação para purificação da Mente.
Da mesma forma que uma vela, num local protegido dos ventos, queima sem trepidar, tal é a semelhança da firmeza mental alcançada pela pessoa bem disciplinada durante essa prática de meditação.
Neste estado meditativo, a mente consegue tranquilidade e, através da quietude mental, contempla o Espírito e Nele se alegra. Deste modo, realiza o supremo êxtase, que é compreensivo pelo entendimento, porém muito além dos sentidos.
Conseguido esse estado de paz, julga que nenhuma outra aquisição pode superá-lo e, estabelecido nele, não é perturbado por intensa dor nem pelo prazer.
Esse Estado de Yoga ou Unidade afasta o aspirante da associação com a dor e o prazer, mantendo-o na suprema paz da Comunhão Espiritual.
Assim, ensina o Bhagavad Gita, a Ciência Sintética do Absoluto.
Se fizermos essa prática com zelo e perseverença, certamente um dia experimentaremos esse estado de transcendência que nos eleva acima do prazer, da dor e de todas as dualidades, que nos fazem rir e chorar.
Se fizermos essa prática com zelo e perseverença, certamente um dia experimentaremos esse estado de transcendência que nos eleva acima do prazer, da dor e de todas as dualidades, que nos fazem rir e chorar.
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