terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

MEDITAÇÃO - UMA PRÁTICA PARA CONTROLAR A MENTE


      A mente humana é inquieta, agitada, poderosa e obstinada. O seu domínio parece tão difícil como sujeitar o Vento.
     Embora agitada e inconstante, a mente pode ser controlada pela Prática da Meditação na Unidade.    Outra forma de discipliná-la é através do desapaixonamento nas relações sociais, pessoais e em todas as ações.
     É importante trabalhar-se com o conceito correto da Unidade, compreendendo que “todos os seres nasceram de dentro do Espírito Universal que a tudo compenetra e a tudo sustenta, numa ordem constante e em vida eterna.”
   “E que, portanto, todos os seres, inferiores como superiores, participam de uma mesma vida e formam, nos espaços infinitos, um só corpo cósmico.”
      Essa Prática de Meditação nunca atrai nenhum mal e é o meio mais apropriado para alcançar-se a tranquilidade. Para aqueles que já alcançaram esse estado de paz, ela será sempre seu apoio fundamental.
     Para realizar-se com êxito essa prática, é importante o equilíbrio nos hábitos de alimentação e de sono, não comendo, nem dormindo, demais, nem de menos.
     Em um lugar solitário, tranquilo, sem temor algum, em permanente continência, sempre dirigindo sua mente para a Suprema Unidade, desapegado e desapaixonado, o aspirante deve manter a mente, os sentido e o pensamento devidamente controlados.
    Com os olhos fechados, mantendo-se reto e imóvel o corpo, o queixo e a cabeça uniformemente em linha, sem distração mental, fixando a vista na raiz do nariz, entre as sobrancelhas, deve-se executar essa Prática de Meditação para purificação da Mente.
     Da mesma forma que uma vela, num local protegido dos ventos, queima sem trepidar, tal é a semelhança da firmeza mental alcançada pela pessoa bem disciplinada durante essa prática de meditação.
   Neste estado meditativo, a mente consegue tranquilidade e, através da quietude mental, contempla o Espírito e  Nele se alegra. Deste modo, realiza o supremo êxtase, que é compreensivo pelo entendimento, porém muito além dos sentidos.
     Conseguido esse estado de paz, julga que nenhuma outra aquisição pode superá-lo e, estabelecido nele, não é perturbado por intensa dor nem pelo prazer.
     Esse Estado de Yoga ou Unidade afasta o aspirante da associação com a dor e o prazer, mantendo-o na suprema paz da Comunhão Espiritual.
    Assim, ensina o Bhagavad Gita, a Ciência Sintética do Absoluto
    Se fizermos essa prática com zelo e perseverença, certamente um dia experimentaremos esse estado de transcendência  que nos eleva acima do prazer, da dor e de todas as dualidades, que  nos fazem rir e chorar. 


Bhagavad Gita  - Edição completa de 26 capítulos – Suddha Dharma Mandalam

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