sábado, 30 de janeiro de 2010

Deixe a Vida lhe levar

"É duro suportar o chefe! Ele é chato, autoritário, duro e insensível. Somente o suporto porque preciso do emprego. Se não fosse isso, já teria caído fora."

É muito comum encontrarmos obstáculos na vida. É o chefe, o vizinho, o colega, o trabalho, o estudo e por aí afora. Muitas pessoas imaginam que a fuga é a solução definitiva para os problemas que enfrentam.

Será que isso é verdade? Penso que não. Não devemos fugir das experiências porque elas são o combustível da nossa evolução, mesmo que sejam desagradáveis. Nada ocorre por acaso. Tudo tem um sentido.

As experiências contribuem para o nosso crescimento como ser humano, agregando conhecimento e nos tornando pessoas mais dóceis. Elas nos ensinam a conviver com as diferenças e a ser mais flexíveis e humildes.

A Vida é a nossa grande educadora. Não devemos fugir das experiências que ela proporciona. Se o fizermos, outras iguais ou piores virão. Portanto, fugir do seu chefe sem aprender com ele as lições que a Vida quer ensinar, não resolve o problema.

Como a Grande Educadora, a Vida Universal trabalha para moldar a nossa personalidade, proporcionando-nos experiências que servem para destruir as paixões egocêntricas. São essas paixões que obstruem as veias de nossa alma e impedem que por elas circule a Energia
Universal do Amor, fonte eterna da verdadeira felicidade.

Temperamento forte, orgulho, vaidade e outras formas de dureza de coração somente servem para isolar a personalidade dificultando a comunhão com a Grande Vida, que transforma, edifica e proporciona alegria, paz e felicidade.

É por isso que a fuga das experiências é um grande equívoco. Enfrentemo-las com resignação. Não sejamos durões e resistentes, mas flexíveis e humildes! A Vida é tão amorosa quanto poderosa. O seu poder é inexorável. É inútil resistir. Aprendamos com o coqueiro, cuja flexibilidade impede que seja derrubado pelo vento.

Se prestarmos bem atenção, as chatices do chefe e outros obstáculos que enfrentamos sempre apontam para coisas que, em nós mesmos , precisam ser mudadas. É por isso que a Vida Universal não nos deixará em paz enquanto não mudarmos o que tiver de ser mudado. Como Mãe Amorosa, Ela não permite que as veias de nossa alma continuem obstruídas pelos mesmos defeitos de sempre, que impedem o gozo da verdadeira felicidade.

Tudo que devemos fazer é seguir a lição de Zeca Pagodinho:"Deixar a Vida nos levar", cumprindo sempre os nossos deveres e fazendo tudo da melhor forma que pudermos."

sábado, 16 de janeiro de 2010

As Leis Espirituais da Palavra

A palavra, que carrega nas suas entranhas o mistério do som, é um grande instrumento de poder. Dependendo da maneira como for utilizada, ela tanto poder fazer o bem quanto o mal.
Daí porque devemos ser comedidos ao falar, conscientes de que o poder do verbo é tão forte que alcança o coração, o santuário onde mora Deus.
Portanto, é muito importante conhecermos as leis eternas da palavra. O Bhagavad Gita, esse Evangelho Universal, apresenta essas leis.
A primeira, é a inofensividade. Devemos sempre exercitar uma linguagem inofensiva, evitando ofender os nossos irmãos e, com isso, violar a lei do amor, que é a base da nossa felicidade.
A segunda, é a Veracidade. A Verdade nasce do Coração de Deus, flui por todo o Universo e seu manto protetor alcança o homem. Quando violamos essa lei, perdemos a proteção divina e ficamos expostos a todo mal. Sem a proteção da Verdade, o nosso discernimento fica debilitado deixando-nos vulneráveis à ilusão, que seduz e engana.
A terceira, é a Doçura. Quando falamos com doçura expressamos a linguagem do amor. Com isso, podemos penetrar melhor no coração do nosso semelhante e lançar aí a base para uma relação amiga e fraterna.
A quarta, é o Benefício. A nossa palavra deve ser pronunciada sempre para fazer o bem. Não devemos falar à toa, sem necessidade nem utilidade. Quando fazemos isso, perdemos energia, serenidade e discernimento. É com o silêncio que a palavra ganha mais força, poder e sabedoria.
Portanto, se quisermos reverenciar Deus com a nossa palavra e, ao mesmo tempo, fazer bem às pessoas, procuremos exercitar uma linguagem inofensiva, verídica, doce e benéfica. Estas são as quatro Leis Espirituais da Palavra.
O conhecimento dessas leis é o começo para que um dia possamos praticá-las em plenitude.




sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Felicidade

Todos nós buscamos a felicidade. Desejamos encontrá-la de diferentes formas.
Quando pensamos havê-la desposado, logo vai embora. Enquanto a sua presença é atraente e prazerosa, a partida deixa rastro de dor e tristeza.

O que fazer para não ficarmos limitados a um tipo de felicidade efêmera, que proporciona mais dececpção e sofrimento do que alegria? Enfim, como identificar a verdadeira forma de ser feliz?

Os Conhecedores das Leis Eternas nos ensinam a forma de diferenciar a felicidade enganosa e efêmera, da verdadeira e duradoura. Segundo eles, a primeira é aquela que, no começo de sua prática, é doce como o néctar, devido aos contatos dos nossos sentidos com os objetos, mas que, ao final, é tão amarga quanto o veneno.
Esse tipo de felicidade sustenta-se unicamente nos prazeres dos sentidos, que, embotando 0 nosso discernimento, mantém-nos conectados apenas com o mundo superficial da matéria.

Esses Sábios afirmam que a Felicidade Verdadeira é aquela produzida pela harmonização espiritual da nossa Mente com o Intelecto. Essa harmonização conquista-se, entre outras formas, pelo estudo do Conhecimento Sintético exposto no Srimad Bhagavad Gita, na Bíblia(Livro da Sabedoria) e em outros textos sagrados.
O conhecimento sintético nos proporcionaNegrito uma lúcida compreensão da constante Unidade que existe entre todas os seres e, em consequência, nos confere, paz, alegria e contentamento.

Os Mestres sustentam que, ao contrário da efêmera e enganosa,a Felicidade Verdadeira, no começo da sua prática, é amarga como o veneno, porém, aos poucos vai-se transformando na doçura do mel. Ela é permanente e duradoura porque resulta de uma crescente harmonização do nosso Ser com o Amor Divino que compenetra e sustenta todas as coisas.

Esses tipos de Felicidade representam os dois caminho relatados por Jesus no seu Evangelho Divino. O caminho da porta larga e o caminho da porta estreita. Um conduz à dor e ao sofrimento. O outro, à felicidade.
A escolha é difícil, mas é nossa!

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Desejo

Fogo Ardente e sedutor
Encanto gostoso e enganador

Ele nos leva às vezes onde não queremos ir
E nos prende com a promessa de libertar

É força da vida a ensinar
Os caminhos do dharma que devemos trilhar

Melhor do que ele somente o saber
Ele nos leva pelo mesmo caminho...
Sem nos fazer sofrer

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

O Apego

No início...
Doce e mimado!

Depois...Negrito
Paixão envenenada!

E...
Ira descontrolada!

Depois...
Discernimento perdido!

E...
Memória fragilizada!

No final...
Inteligência debilitada!

E...
Paz desencontrada!

O Silêncio


Além dos barulhos da vida...
Escute...
É a melodia do Silêncio...

Perceba..
Um misterioso toque do Infinito.

Deixe-se embalar...
Esse é o Som Divino!

Sinta...
A Grande Paz!



Renato Sampaio

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Na Simplicidade do coração

O Livro da Sabedoria, inserido na Biblia Sagrada, apresenta uma passagem de extraordinária beleza e profundidade:

"Amai a Justiça, Vós que governais a Terra, tendes para com o Senhor sentimentos perfeitos e procurai-o na simplicidade do coração."(Sab.1).

Esse texto bíblico nos ensina que devemos procurar Deus na simplicidade do nosso coração. Ele nos diz que o coração é o santuário onde Deus mora. É nesse recanto sagrado, fonte de paz, alegria e felicidade, que devemos buscar refúgio e proteção.

Descobrir a grande riqueza que existe escondida nesse Santuário é a maior conquista que podemos alcançar. A chave para essa busca é simplicidade.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

O Conhecimento Sintético


Os equívocos de nossas ações têm como causa básica a visão fragmentada que temos da vida.
Essa visão limitada nos coloca num suposto universo repleto de seres isolados, sem nenhuma conexão.
Quando realizamos ações dentro de uma perspectiva de isolamento como essa, obviamente estamos mais expostos a erros, porque agimos sem uma consciência dos vínculos que nos unem às demais criaturas. Os conceitos que formamos a partir dessa perspectiva carregam o estigma da separatividade.
As limitações desse tipo de visão separatista somente são eliminadas com o Conhecimento Sintético que nos permite compreender que tudo que existe no universo nasceu do Amor Divino e está intimamente ligado entre si pelos vinculos sagrados desse mesmo Amor. O Conhecimento Sintético tem o poder de alterar profundamente a qualidade de nossas ações.

Esse conhecimento nos revela que os corações de todas as criaturas estão unidos entre si pelos laços sagrados do Amor Divino.
Quando os nossos atos são iluminados com a luz do conhecimento sintético, descortina-se diante de nós uma doce perspectiva de fraternidade universal, que nos inspira a realizar ações mais amorosas,conscientes e responsáveis.
Praticar açãos sem levar em contra esse conhecimento, é agir na escuridão, sem enxergar os laços sagrados que nos unem aos nossos irmãos. O resultado é o erro e ignorância.

O objetivo a alcançar é o conhecimento sintético. O fogo desse conhecimento consome a impureza do apego de todas as ações. Não existe nada na vida que purifique tanto quanto esse Conhecimento que está exposto magnificamente no Srimad Bhagavad Gita e no Bhávana ou Conceito da Unidade que se transcreve a seguir:
"TODOS OS SERES NASCERAM DE DENTRO DA VIDA UNIVERSAL, QUE TUDO COMPENETRA E TUDO SUSTENTA, NUMA ORDEM CONSTANTE E EM VIDA ETERNA.
PORTANTO, TODOS OS SERES, INFERIORES COMO SUPERIORES, PARTICIPAM DE UMA MESMA VIDA E FORMAM, NOS ESPAÇOS INFINITOS, UM SÓ CORPO CÓSMICO".

Hermes Trimegistro

1

"Toda palavra é mantran
Todo Pensamento é vibração"

Hermes Trimegistro
3.000 anos antes de Cristo

2

"O Todo é o sustento dos Seres
Descubra o Simples
O Todo é sem nome"

Hermes Trimegistro
3.000 anos antes de Cristo


3

"Acorde
Recorde que você é um homem
Que veio de uma Estrela
Que está em uma Estrela
Que irá para outra Estrela

Pouse suave
Os Mensageiros orientam"

Hermes Trimegistro
3.000 anos antes de Cristo

A Prática do Bhávana

A Prática do Bhávana consiste na constante recordação do conceito da unidade transcrito a seguir. Essa Prática nos leva à percepção da Unidade, fazendo-nos compreender que tudo nasceu de dentro do Espírito Universal, que a tudo compenetra e a tudo sustenta, numa ordem constante e em vida eterna.
Conceito da Unidade ou Bhávana
"
Penso com Amor Divino que todos os seres nasceram de dentro do Espírito Universal que a tudo compenetra e a tudo sustenta numa ordem constante e em Vida Eterna. Portanto, todos os seres, inferiores como superiores participam de uma mesma vida e formam nos espaços infinitos um só corpo cósmico."

Como realizar a prática do BhávanaSente-se confortavelmente numa cadeira e repita esse conceito por alguns minutos, quanto mais, melhor. Não existe nenhuma restrição quanto ao tempo. O ideal é que isso seja feito mentalmente, porém, no começo, pode ser praticado verbalmente. Essa prática pode ser feita em qualquer momento e lugar e por qualquer pessoa, sem qualquer restrição.

Os benefícios que se alcançamEntre 0s grandes benefícios,que a prática do Bhávana nos proporciona, podemos mencionar: redução e eliminação do estresse, paz interior, tranquilidade,calma,contentamento,humildade,harmonia e alegria. Essa Prática aumenta a nossa capacidade de amar ao próximo.

A fundamentação científica da práticaComo se sabe, o egoísmo, que é a causa básica dos nossos sofrimentos, fundamenta-se numa visão separatista segundo a qual somos seres isolados e não temos nenhuma conexão com as demais criaturas. Com essa visão limitada, a nossa tendência é realizar ações egoistas, voltadas unicamente para os nossos interesses, sem qualquer preocupação e respeito pelos outros seres.

A prática da Unidade vai aos poucos reformulando os conceitos da nossa mente, fazendo-a compreender que somos parte de uma imensa Vida e que todos os seres vivos estão verdadeiramente ligados entre si pelos sagrados laços do Amor.