segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Os relacionamentos sob o olhar da Unidade

       O Bhagavad Gita, que é uma exposição completa sobre a Ciência da Síntese, nos ensina que “vê de verdade quem vê a Unidade e percebe o tríplice e unitário funcionamento”.
       A vida universal apresenta-se ao nosso olhar como uma multiplicidade de seres e coisas separadas entre si. Essa percepção limitada, que encontra refúgio no Ego humano, é a responsável maior pelos erros que cometemos nos nossos relacionamentos.
      Sob esse olhar separativo, não enxergamos os laços profundos que nos unem às demais criaturas, razão por que as consideramos como estranhas e indiferentes. Também fica difícil compreender e praticar o mandamento de Jesus de “amar o próximo como a si mesmo.”
      Quando Jesus nos deu esse mandamento, a humanidade ainda não estava preparada para compreender que, na verdade, o próximo somos nós mesmos. Em outra passagem do Evangelho, o Divino Mestre nos exortou a que “todos sejamos um, como Ele e o Pai são Um.”
      O mais elevado conhecimento, que constitui a ultima finalidade de todas as ciências, é a compreensão de que “todos os seres, inferiores como superiores, participam de uma mesma vida e formam, nos espaços infinitos um só corpo cósmico.” Todos fazemos parte do Corpo Místico de Cristo, como nos ensina o Apóstolo Paulo.
      Quando agimos com uma consciência clara dos vínculos eternos que nos unem aos nossos semelhantes e todas as criaturas, a qualidade das nossas ações melhora significativamente.
     Sob esse olhar unitário, poderemos compreender e praticar mais facilmente o ensinamento de Jesus de amar o próximo como a nós mesmos, desta feita ajudados pelo conhecimento, que é a principal base de todas as ações.
    Os outros seres deixarão de ser “estranhos indiferentes”, para serem considerados irmãos, já que todos somos filhos legítimos do mesmo Pai. Quando nos relacionamos com irmãos, obviamente somos mais fraternos, justos e amorosos.
     A visão da Unidade, portanto, é fundamental para a nossa vida. Quando a alcançarmos, transcendendo a ignorância da separatividade, não só estaremos em condições de realizar melhor as nossas ações, como também de compreender os ensinamentos de todas as religiões, que se fundamentam na Unidade, que também se chama Amor.

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