quarta-feira, 1 de julho de 2015

Um novo olhar sobre a Vida

      
       O olhar que lançamos sobre a Vida é, quase sempre, influenciado pelas experiências desagradáveis que nela tivemos. Os sofrimentos, frustrações, decepções e condicionamentos comprometem a percepção da beleza que tem o funcionamento da Vida Universal. Por isso, é comum acharmos a vida insuportável, repleta de erros, contradições, injustiças
        Na realidade, porém, a Vida Universal é uma Criação Perfeita e o seu funcionamento é uma sinfonia de amor,  tocada, com Maestria Divina,  nos campos verdejantes da Diversidade. Tudo nela funciona de acordo com o Programa de Evolução desenvolvido pelo Divino Criador.  Leis Eternas (Dharmas) regulam esse funcionamento, sempre direcionado para o progresso e evolução dos seres.
Um desses Dharmas do funcionamento do Universo, a  Lei de Causa e Efeito, conhecida como lei do  Karma, disciplina o aprendizado dos seres humanos através da realização das ações. De acordo com ele, os resultados de ações incompletas ou imperfeitas transformam-se em causas impulsionadoras de novas ações, da mesma natureza, para que a pessoa,  que executou os atos incorretamente,  aprenda a  realizá-los com perfeição.
 Aqueles que estiverem   envolvidos nesse tipo de  experiência,  somente  estarão  liberados da necessidade de repetir os atos, quando houverem completado  o seu aprendizado. Por força da aplicação dessa lei de funcionamento do Universo, frequentemente temos que repetir experiências  de trabalhos ou de relacionamentos.
Quando, por exemplo, repudiamos  um trabalho, correspondente ao nosso dever,  porque não sabemos  ou  não gostamos de realizá-lo,  a Vida vai nos levar a novas experiências onde teremos de realizar esse tipo de trabalho, para  que aprendamos o ensinamento que, para nossa evolução,  a Vida quer nos proporcionar.
 Quando, de igual modo, nos afastamos de pessoas, que caminham conosco na Vida, somente porque elas nos incomodam, certamente que as leis de funcionamento do Universo vão promover um reencontro com elas, para que aprendamos a lição que esse relacionamento interrompido tem para nos oferecer. Sem a realização desses atos necessários, a nossa evolução, no processo do mundo, nunca será totalmente cumprida.
Outro exemplo de Dharma que regula  o  funcionamento da Vida,  é a  Lei da Transitoriedade e Alternância das dualidades. Esse Dharma disciplina  o relacionamento dos seres humanos com as dualidades, como a alegria e a tristeza, o prazer e a dor, o ganho e a perda, entre outras. Ele funciona como moderador  da tendência natural dos seres humanos de se excederem nas dualidades.
 Se algo nos proporciona prazer, queremos desfrutar sem medidas, nem limites. Quando uma comida é gostosa, não é raro comermos demais e depois ficarmos doentes. Se um tipo de ação necessária nos causa dor e sofrimento, não queremos realizá-la.   Temos uma  inclinação natural para exceder-nos naquilo que é agradável e para rejeitarmos o que é  desagradável.
 De conformidade com os ensinamentos do Bhagavad Gita, “as dualidades dos sentidos e da mente, como o calor e o frio, o prazer e a dor e outras semelhantes  repetem-se alternadamente e, portanto, são transitórias (Bhagavad Gita, XXVI,11).
 Essa lei de funcionamento demonstra que uma dualidade  é sempre transitória e seguida pela dualidade oposta (alternância). A tristeza, por exemplo,  tem um limite no tempo ( lei da transitoriedade), findo o qual ingressa-se na experiência de alegria ( lei da alternância). O prazer tem um limite temporal  e o seu estágio seguinte é a experiência de  dor. O prazer e a dor, a alegria e a tristeza e as demais dualidades se repetem de forma alternada, depois de uma, segue-se a outra dualidade.
Alguém que, por exemplo,  escolhe vivenciar,  sem limites e abusivamente, as inúmeras formas de prazer que a vida oferece, seguramente vai passar, em sequência, por uma idêntica experiência de dor, visto que as dualidades se repetem alternadamente.
 Portanto, se não desejamos receber a visita frequente da dor e de outras dualidades desagradáveis, devemos ser moderados no gozo dos prazeres e demais dualidades agradáveis. O Objetivo a alcançar, nesse particular, é continência ou moderação no gozo dos prazeres da vida.
A Vida Universal, como visto, é algo maravilhoso, repleto de Ciência e Sabedoria. O seu  funcionamento está voltado exclusivamente para nosso crescimento e evolução. O convite é no sentido de que lancemos   Um Novo Olhar sobre a Vida.”




          
          
  




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