segunda-feira, 27 de julho de 2015

O Bhagavad Gita


          Nós, os seres humanos,  possuímos  quatro faculdades básicas  através das quais funcionamos  no processo do mundo. As Faculdade do Conhecimento,  do Desejo, da  Ação e da Síntese(Gita IV,7).  No estágio atual de evolução,  o nosso funcionamento é tríplice envolvendo apenas as três primeiras faculdades, que atuam de forma descordenada e exclusiva.
Nesse contexto, ou somos intensamente atividade (ação), sem a correspondente  emoção-sentimento (faculdade do desejo) e conhecimento. Ou somos intensamente conhecimento, sem sentimento nem ação. Ou somos intensamente emoção-sentimento, sem ação nem conhecimento. Nosso funcionamento, neste estágio, é de separação e não de unidade.
          Essas  faculdades, na verdade, são Energias Divinas, de extraordinária pureza, que se projetam do Ser (Atma) para movimentar o processo evolutivo da nossa alma. Quando essas Energias entram em contato a base material, que são os nossos corpos, físico e sutis, os encontram  recheados de energias densas (Gunas),  originárias do nosso Karma e refletidas como cargas, condicionamentos e uma diversidade de emoções desarmônicas. Daí porque essas faculdades funcionam de forma limitada.
        A grande meta a alcançar é a purificação  desses corpos para que eles possam ancorar e refletir a pureza das  energias sintéticas do Ser (Atma). Alcançada essa meta, a nossa quarta faculdade, a da Síntese, entra em atividade e passa a coordenar o funcionamento das demais faculdades.
    O conhecimento, a devoção (Desejo), a Ação e a Síntese  são as principais ferramentas de purificação dos nossos corpos. Dessas, o Conhecimento Síntético é a Suprema. Nada, no processo do mundo, purifica e transforma tanto quanto esse conhecimento(Gita   ).
     Pela primeira vez no Planeta,  foram revelados os Dharmas (Leis de funcionamento) dessas quatro faculdades dos Seres Humanos. Essa revelação está no Gita de 26 capítulos. O estudo e a prática desses Dharmas purificam e harmonizam as nossas faculdades e nos permitem uma aproximação ao Santuário do Coração.

      Esse Gita simplesmente revela as Leis Eternas de funcionamento  da Vida Universal. Vamos nos aproximar desse oceano de Sabedoria com reverência e devoção, certos de que as fragilidades serão todas queimadas no Fogo do Conhecimento.

quarta-feira, 15 de julho de 2015

O Discernimento Sintético


Quando estivermos nos relacionando com outras pessoas,  estejamos  conscientes  da transitoriedade das suas emoções desarmônicas e  estendamos  o  olhar até o  Santuário do  seu Coração  para reverenciar  o Divino que ali reside.
Percebendo a Divina Presença no coração de todas as pessoas, daquelas que mais amamos, dos  amigos e inimigos, parentes, estranhos e demais, mudaremos, para melhor, a qualidade de nossas ações.
Quando nos relacionarmos  com uma pessoa considerada difícil, chata, insuportável e coisas semelhantes,  esqueçamos essas qualidades transitórias e nos lembremos da sua natureza Divina e Eterna.
Esse aspecto permanente é o que representa, em verdade, a pessoa com quem estamos nos relacionando. O outro aspecto é como se fosse a sua sombra.
As qualidades consideradas negativas hoje existem, mas no futuro desaparecerão, porque são sementes de consciência ainda  envolta em camadas de obscuridade.
A percepção da Divina Presença  em nós mesmo e em tudo é o que se chama  Discernimento Espiritual ou Sintético. Ele é muito  importante para  a realização das ações. Quem o possui, transcende os atos considerados  bons de realizar e os considerados desagradáveis. 
Esse Conhecimento-Discernimento possibilita a transcendência sobre todos os obstáculos decorrentes do nosso Karma. 
Porque diz respeito à percepção de Deus como o Todo, a Verdade e a Sabedoria, ele consome, por atacado, a multiplicidade dos nossos apegos varejistas, ligados à nossa alma individual.
Esse conhecimento sintético é a ferramenta que mais purifica e transforma no processo da Vida. Ele nos possibilita discernir  todos os seres integrando uma Grande Unidade, que tudo dirige, sustenta, nutre e abarca. 
A meta é perceber essa Sagrada Unidade que  brilha, como Luz Divina, no coração de todas as Criaturas. Com esse olhar voltado para a Divina Presença no coração dos nossos semelhantes,  um milagre acontece: o amor impessoal nasce nos nossos relacionamentos. 
Blog: renatogita .com.br

domingo, 12 de julho de 2015

O Alvorecer de um Coração Amoroso

       
Quando um Coração amoroso lança silenciosamente os seus raios de amor sobre a Terra, toda a Criação se ilumina, o sofrimento da humanidade diminui, a Paz se amplia, a fraternidade cresce e os relacionamentos melhoram! Um Coração Amoroso é um Sol que irradia a  Luz  que ajuda a iluminar a escuridão do mundo. Que o Governante de todos os Corações nos conceda a graça de ter um Coração Amoroso. 

quinta-feira, 9 de julho de 2015

As reservas do coração

             
      O Brasil descobriu, há alguns anos, reservas imensas de petróleo - Pré-Sal - que estavam escondidas nas profundidades do seu subsolo. Com essa descoberta,  e com o combate incessante à corrupção, dentro de algum tempo, o nosso País certamente  deixará de importar petróleo do exterior.
       E nós, que somos exploradores do Caminho da Luz, quando iremos descobrir as Reservas Infinitas de Sabedoria que estão escondidas no subsolo do nosso próprio coração?
                Precisamos deixar de ser somente importadores do exterior de nós mesmos, para sermos, também, exportadores da Sabedoria do coração, que se encontra em nosso interior.           
                Ninguém criou nada da Sabedoria que existe no Universo. Ela brota espontaneamente da Divina Fonte Única do Criador  e está disponível para jorrar pelos Portais Sagrados dos nossos corações! Todos, sem exceção alguma, estamos preparados para fazer isso!
               Chegou a Era da Unidade! O Tempo de Despertar! Vamos abrir os olhos  e olhar para dentro de nós. Aí mora o Grande Segredo!


segunda-feira, 6 de julho de 2015

Os Defeitos dos seres humanos na visão da Unidade

             
   Apego, paixão,  ira, orgulho, inimizade, vaidade, ambição, ingratidão, egoismo, sentimento de solidão, conceito e propósito equivocados, são realidade que brotam na alma humana com a finalidade de proporcionar experiências de crescimento e evolução.
       O meu orgulho, apego, ambição e vaidade  vão  me impulsionar  à realização de ações equivocadas,  cujo resultado vai gerar algum sofrimento, que, por sua vez, se transformará  em experiência e conhecimento.
       Essa é uma realidade fundamentada nas Leis Divinas que regem o funcionamento da Vida Universal. Portanto, aprendamos a conviver com essas emoções aparentemente negativas, mas que têm um papel importante no nosso processo de  expansão da Consciência.
            No fluxo da Vida, tudo converge para a evolução dos seres criados. Até o aparente retrocesso significa, na verdade, um processo de transformação evolutiva.
 Todos os seres criados carregam nas suas entranhas um poder e uma energia  que os impulsionam irresistivelmente  para a evolução. Esse é o futuro maravilhoso de todas as criaturas, sem exceção alguma.
A exortação é no sentido de que aprendamos a conviver com essas emoções, ainda carentes de harmonia,  na certeza de que elas estão em processo de transformação. Não fiquemos impacientes, nem nos desesperemos porque  elas são sementes de Luz e Consciência.
Firmado esse pacto de convivência harmoniosa com as nossas emoções transitórias, voltemos o nosso olhar para o Ser Eterno, que faz morada, sob a forma de  Luz, no Santuário do nosso Coração. Esse é um Mistério Supremo   da Vida, agora ao alcance de todos os seres humanos.
Quando estivermos nos relacionando com outras pessoas,  estejamos  conscientes  da transitoriedade das suas emoções desarmônicas e  estendamos  o nosso olhar até o  Santuário do  seu Coração  para reverenciar  o Divino que ali reside.
Percebendo a Divina Presença no coração do ser mais amado,  dos  amigos, inimigos, parentes, estranhos, sábios, ignorantes, indiferentes, mudaremos a qualidade de nossas ações.
Quando nos relacionarmos  com uma pessoa considerada como difícil, chata, insuportável, esqueçamos essas qualidades transitórias dela  e nos lembremos da sua natureza Divina e Eterna.
 Esse aspecto permanente é que representa, em verdade, a pessoa com quem estamos nos relacionando. O outro aspecto é como se fosse a sua sombra.
As qualidades consideradas negativas hoje existem, mas no futuro desaparecerão, porque são sementes de consciência ainda  envolta em camadas de obscuridade.
Essa percepção é o que se chama  Discernimento Espiritual, aquisição muito  importante para  nos ajudar na realização de ações legítimas e justas.
Quem o possui  esse Conhecimento Espiritual transcende as ações tanto as de resultados agradáveis com aquelas de resultados desagradáveis, não mais caindo na obscuridade do seu entendimento.
Ainda que sejamos o maior de todos os transgressores das Leis Universais, se tivermos esse conhecimento  poderemos navegar a salvo sobre todos os nossos equívocos do passado.
Da mesma forma que uma fogueira transforma em cinzas a lenha que é colocada sobre ela, assim o Discernimento Espiritual consome, em todas as ações, a impureza do apego.
Nada purifica e transforma tanto no processo do mundo como esse Conhecimento Espiritual. É aquele que nos faz perceber   todos os seres integrando uma Grande Unidade, que tudo abarca, nutre, sustenta e dirige.
A grande meta de todos nós é percebermos essa  Sagrada Unidade que  brilha, como Luz Divina, no coração de todas as Criaturas.

           

            

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Um novo olhar sobre a Vida

      
       O olhar que lançamos sobre a Vida é, quase sempre, influenciado pelas experiências desagradáveis que nela tivemos. Os sofrimentos, frustrações, decepções e condicionamentos comprometem a percepção da beleza que tem o funcionamento da Vida Universal. Por isso, é comum acharmos a vida insuportável, repleta de erros, contradições, injustiças
        Na realidade, porém, a Vida Universal é uma Criação Perfeita e o seu funcionamento é uma sinfonia de amor,  tocada, com Maestria Divina,  nos campos verdejantes da Diversidade. Tudo nela funciona de acordo com o Programa de Evolução desenvolvido pelo Divino Criador.  Leis Eternas (Dharmas) regulam esse funcionamento, sempre direcionado para o progresso e evolução dos seres.
Um desses Dharmas do funcionamento do Universo, a  Lei de Causa e Efeito, conhecida como lei do  Karma, disciplina o aprendizado dos seres humanos através da realização das ações. De acordo com ele, os resultados de ações incompletas ou imperfeitas transformam-se em causas impulsionadoras de novas ações, da mesma natureza, para que a pessoa,  que executou os atos incorretamente,  aprenda a  realizá-los com perfeição.
 Aqueles que estiverem   envolvidos nesse tipo de  experiência,  somente  estarão  liberados da necessidade de repetir os atos, quando houverem completado  o seu aprendizado. Por força da aplicação dessa lei de funcionamento do Universo, frequentemente temos que repetir experiências  de trabalhos ou de relacionamentos.
Quando, por exemplo, repudiamos  um trabalho, correspondente ao nosso dever,  porque não sabemos  ou  não gostamos de realizá-lo,  a Vida vai nos levar a novas experiências onde teremos de realizar esse tipo de trabalho, para  que aprendamos o ensinamento que, para nossa evolução,  a Vida quer nos proporcionar.
 Quando, de igual modo, nos afastamos de pessoas, que caminham conosco na Vida, somente porque elas nos incomodam, certamente que as leis de funcionamento do Universo vão promover um reencontro com elas, para que aprendamos a lição que esse relacionamento interrompido tem para nos oferecer. Sem a realização desses atos necessários, a nossa evolução, no processo do mundo, nunca será totalmente cumprida.
Outro exemplo de Dharma que regula  o  funcionamento da Vida,  é a  Lei da Transitoriedade e Alternância das dualidades. Esse Dharma disciplina  o relacionamento dos seres humanos com as dualidades, como a alegria e a tristeza, o prazer e a dor, o ganho e a perda, entre outras. Ele funciona como moderador  da tendência natural dos seres humanos de se excederem nas dualidades.
 Se algo nos proporciona prazer, queremos desfrutar sem medidas, nem limites. Quando uma comida é gostosa, não é raro comermos demais e depois ficarmos doentes. Se um tipo de ação necessária nos causa dor e sofrimento, não queremos realizá-la.   Temos uma  inclinação natural para exceder-nos naquilo que é agradável e para rejeitarmos o que é  desagradável.
 De conformidade com os ensinamentos do Bhagavad Gita, “as dualidades dos sentidos e da mente, como o calor e o frio, o prazer e a dor e outras semelhantes  repetem-se alternadamente e, portanto, são transitórias (Bhagavad Gita, XXVI,11).
 Essa lei de funcionamento demonstra que uma dualidade  é sempre transitória e seguida pela dualidade oposta (alternância). A tristeza, por exemplo,  tem um limite no tempo ( lei da transitoriedade), findo o qual ingressa-se na experiência de alegria ( lei da alternância). O prazer tem um limite temporal  e o seu estágio seguinte é a experiência de  dor. O prazer e a dor, a alegria e a tristeza e as demais dualidades se repetem de forma alternada, depois de uma, segue-se a outra dualidade.
Alguém que, por exemplo,  escolhe vivenciar,  sem limites e abusivamente, as inúmeras formas de prazer que a vida oferece, seguramente vai passar, em sequência, por uma idêntica experiência de dor, visto que as dualidades se repetem alternadamente.
 Portanto, se não desejamos receber a visita frequente da dor e de outras dualidades desagradáveis, devemos ser moderados no gozo dos prazeres e demais dualidades agradáveis. O Objetivo a alcançar, nesse particular, é continência ou moderação no gozo dos prazeres da vida.
A Vida Universal, como visto, é algo maravilhoso, repleto de Ciência e Sabedoria. O seu  funcionamento está voltado exclusivamente para nosso crescimento e evolução. O convite é no sentido de que lancemos   Um Novo Olhar sobre a Vida.”