quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Não é bom remar contra a Maré da Unidade


     Quando realizamos um ato, queremos que o resultado dele seja conforme o nosso desejo. É o apego ao fruto da ação. Esse apego constitui a principal causa das nossas quedas e fracassos.
     As Leis do Universo não permitem que tenhamos controle sobre os resultados de nossas ações, visto que todos os atos fazem parte de um complexo e divino sistema de funcionamento universal que transcende os esforços humanos.
    O nosso Deus de Amor e Bondade conferiu ao Universo um sistema de funcionamento múltiplo e uno. Quando a nossa percepção somente alcança o múltiplo, imaginamo-nos como seres separados que xercem controle sobre os resultados das suas ações. Isso é apenas uma ilusão. A Verdade é que tudo que parece separado faz parte da Grande Unidade, que o compenetra, sustenta e dirige.
     Da mesma forma que dois remadores solitários não conseguem conduzir o seu pequeno barco para o seu itinerário quando a maré se movimenta fortemente em sentido contrário, o homem não consegue realizar as ações que estão em sentido contrário ao movimento da Divina Unidade. Somente ajustando as nossas ações a esse movimento do Amor Divino, é que poderemos alcançar a paz e a felicidade.
    O Bhagavad Gita nos ensina que “o nosso Ser Espiritual não é a causa imediata, não realiza, não está unido nem é afetado pelo resultado de nenhuma ação e que os sentidos e os objetos sensoriais é que atuam entre si”, sendo, portanto, a matéria a causa imediata de todas as ações.
   Esse Livro Sagrado também nos diz: “se agirmos desapegadamente e oferecermos a Deus os resultados das nossas ações, estaremos protegidos do fracasso e das quedas. A renuncia ao fruto das ações, purifica a mente, proporciona paz e felicidade."
   Quem não renuncia ao fruto das ações, sofre porque permanece ligado, através do desejo, a algo que a força irresistível do Universo não permite que se realize.
    Portanto, nós que nada sabemos e estamos no caminho do aprendizado, consideremos  essa grande lição: não é bom  remar contra a Maré do Amor Divino.





domingo, 11 de setembro de 2011

Deixei de procurar fora o que está dentro de mim

      Ontem, 10 de setembro, visitei a Cidade de Lisieux,situada na região da Normandia, na França, terra onde viveu Santa Teresinha do Menino Jesus, a Santinha das coisas pequeninas, que depois foi proclamada Doutora da Igreja Católica. É também a terra do famoso Carmelo,o mundialmente famoso Mosteiro das Freiras Carmelitas,onde Santa Teresinha exerceu o seu ministério de religiosa católica.
    A experiência foi emocionante não só para mim como para Eliana, minha esposa e Ana Raquel, minha filha, as minhas queridas companheiras de viagem. Lisieux é a cidade das rosas. Nela, por qualquer lugar que se ande, vê-se belos roseirais e sente-se o místico perfume dessas flores que estiveram tão presentes na vida de Santa Teresinha.
    Num Pequeno Folheto que adquirimos, existe uma pequena poesia da Santa que me chamou muito à atenção: "Há almas nesta terra que procuram em vão a felicidade,mas para mim, é o contrário, a alegria está no meu coração. Esta alegria não é efêmera,eu a possuo sem retorno, como uma rosa primaveril, ela me sorri cada dia."
    Como se vê, Santa Teresinha nos ensina que a Fonte da Felicidade está no Coração. Ela está absolutamente certa. Em vão, buscamo-la em outros lugares.Não se trata de poesia nem de devaneio religioso. É uma Desconcertante realidade que agora temos de enfrentar. Chegou o tempo do encontro com Deus no Santuário do nosso próprio Coração. O velho Sócrate não estava brincando com os homens, quando escreveu o famoso: "conhece-te a ti mesmo". Nem tampouco Jesus quando nos ensinou que o "O Reino de Deus está dentro de vós."
     Assim como Jesus, todos os Grandes Mestres da Sabedoria proclamam que Deus mora no nosso próprio coração e que, neste Santuário Sagrado, tão pertinho de nós, está a Fonte da Felicidade que todos procuramos.
    Conhecer esse ensinamento de Santa Teresinha fez-me bem. Embora ainda esteja em busca desse Bem Maior que está em mim, alegro-me muito  só em saber que não preciso mais perder tempo buscando fora o que nunca vou encontrar.